RPG - Percy Jackson
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Mensagem por Demetria Royce Sáb Out 15, 2011 3:54 pm

“Muitos cometem o erro de achar que conhecem a si mesmos, que conhecem seus limites. Mas a verdade é que todos tem um lado imprevisível e incontrolável, um lado que convenientemente que preferimos ignorar. Esse lado tende a se mostrar quando menos se espera, quando mais é preciso que ele permaneça oculto no lado escuro e esquecido do subconsciente para qual o empurramos, na parte mais soturna da nossa mente. Estou constantemente no escuro. Estou constantemente tentando envolver meu lado irracional em teias de sombras e esquecimento para que ele não volte à tona. Porque é só quando perdemos o controle, quando caem todas as máscaras e quando abandonamos todos os comportamentos hipócritas e pré-meditados é que estamos completos e somos capazes de enxergar plenamente quem realmente somos à luz daquilo que é inegável. E eu... eu prefiro permanecer no escuro”

Desenhos vazios na areia. Sem significados. Eu ainda podia sentir a sua voz, os sermões quando eu estava no mundo da lua. Eu devia ter ouvido você quando era hora. Parece que foi ontem que aquele maldito incêndio aconteceu. Ainda tenho pesadelos com isso e..ah, como é horrível ser quem eu sou. As vezes, seria melhor ser alguem normal, sem que as pessoas te olhem estranho ou tenham medo até mesmo da sua presença. Mas eu me acostumei a ser assim. Até mesmo me orgulho disso.
§

“Vamos, Holly! Ainda não sei onde você arruma esse pique todo.” O trânsito estava insuportável lá fora, mas minha mãe, Emily Raccoon, nem ligava. Ela tinha uma paciência incrível. Estávamos no elevador ouvindo aquela música-ambiente que eu não suportava. Parecia coisa de retardado. Um leve tremor de fez e as portas se abriram, dando lugar ao plano corredor que dava aos apartamentos. O nosso era o 305; um apat. meio pequeno, cheio de coisas que minha mãe adorava enfeitar: quadros, conjuntos de porcelana, tapetes e até mesmo um aquário.
“Eu já vou!”
Gritei. Uma semana antes, minha mãe me disse que nós íamos viajar para algum lugar ao norte dos EUA. Me lembro que eu havia perguntado o motivo e ela me falara que era apenas uma viagem, só precisávamos de poucas malas. As vezes, minha mãe dava uma vidente ou era isso que ela queria que eu pensasse. Era engraçado como ela acordava de manhã, toda descabelada, e queria que eu ouvisse os seus sonhos estranhos e multi coloridos. Naquele dia, reparei que as nossas coisas já estavam arrumadas. Principalmente as minhas: era só uma mochila com as coisas que ela colocava. Achei aquilo besteira, mas nem imaginava seria algo muito útil para o verdadeiro inferno que estava por vir.

"Acorde querida." O som que saia de seus lábios tornava as palavras gentis. Abri os olhos e percebi os seus gestos angustiados iluminados pela luz lá fora, passada pela porta do quarto semi-aberta."Mãe? O que houve?" Eu presentia que alguma coisa não estava bem. No geral, minha mãe não demostrava emoções negativas, afinal, ela era alegre por natureza. E muito distraída. Eu puxei isso dela; nem lembro em quantas escola estudei. Ou tentei estudar.Enquanto ela me ajudava com minha mochila, ouvimos o 1º estrondo, que fez com que o nosso pequeno apartamento tremesse. E então, quando veio o cheiro de algo azedo e sufocante vindos dos andares de cima, tivemos a mesma conclusão: Algum filho da mãe havia deixado alguma aberta fazendo com que se começasse um incêndio. O prédio iria desabar por completo se não saíssemos dali. O fogo se alastrou rápido pelo prédio. Eu sentia que não era forte o suficiente para escapar desse caos. A medida que eu corria com a minha mãe para os andares inferiores,percebi que era tarde demais para ela. As suas atitudes estranhas, seus olhares angustiados para mim.. como eu não havia percebido isso antes? Ela não podia escapar. Eu sentia.
“Holly.” Ela me disse.” Eu não posso mais continuar."Me virei e olhei para ela. Os estrondos estavam assustadoramente mais fortes e, por algum milagre, nos ainda não havíamos sido atingidas pelo fogo.
"Ficou louca?! Não pode ficar esperando pela Morte pacientemente!" Gritei. Sentia que meu rosto estava ficando molhado. Eram lágrimas." Mãe, as pessoas estão morrendo lá em cima e isso está se tornando pior a cada minuto que passa. Nós temos que ir." Eu consegui ficar mais calma, por ela. Mas o fogo não esperava isso de minha parte. Ele chegava mais perto de nós e só faltava uns três ou uatro andares para aquele pesadelo acabar. Ela não podia desistir agora.Emily se aproximou de mim e seus braços me envolveram em um abraço materno de despedida. Ela não tinha mesmo a noção do perigo correndo para cima de nós.

“Querida, eu quero voltar a me encontar com a Morte.”
Era decidamente certo que cheiro azedo de queimado e mais aquela loucura toda estava afetando o seu cerebro. “A Morte é o seu pai, meu Amor. Você é filha de Tânatos; Uma meio-sangue.”Opa.Que história absurda era aquela? Em algum momento eu sabia que os seus sonhos estranhos estavam fugindo do controle.
“Mas, mãe..”Ela me calou colocando seus dedos em seus lábios.Tomada pelo pânico, eu percebi pelo seu olhar que tudo aquilo que falava era verdade. Então era por isso que ela nunca me falou de meu pai. Era por isso que eu sentia que possuia algo além do normal e Ah! Era por isso que as pessoas tinham um certo medo de mim. Eu era filha de quem todos mais temiam no fim de suas vidas: A Morte.
“Vá.Deixe-me aqui.” Mal percebi como o fogo já havia tomado quase por completo o local onde nós estávamos. “Você sabe o caminho para sair daqui, querida.Eu não vou deixar você morrer aqui. Deixe que ele me leve antes, por favor. Eu te amo. Nunca se esqueça disso.” Tudo estava se desfacendo. Estava tão quente e.. minha mãe estava indo embora. Eu não conseguia ver seu rosto, seu corpo. Apenas sua voz me deu o estalo inicial para sair dali imediamente. Minha mãe não emitiu nenhum som de dor. Talvez ela estivesse mesmo esperando reencontrar a Morte novamente.
§
Eu podia sentir a minha respiração alterada, o som de meus passos acelerados, a fuligem sobre o meu corpo. Podia sentir sentir o calor abrassador se aproximando de mim, tentando me engolir sem poder. Sentir que estava perto do final, como em um labirinto, onde a saída era o prêmio mais aguardado. Todos estavam mortos. Menos eu. Por mais que soubesse que agora eu era mais rápida que o fogo, tudo parecia se mover em camêra lenta.Já havia perdido a noção do quanto havia corrido. Talvez faltassem dois andares ou apenas um. Os gritos agonizados que pensei não ter ouvido ainda ecoavam em minha mente. Quando mal conseguia sentir mais minhas pernas, meus olhos focalizaram uma porta vermelha, escrito “EXIT” em letras garrafais brancas. A minha verdadeira salvação daquele lugar.Um dos últimos tremores se fez sentir.”Só mais alguns passos”pensei comigo mesma, já bastante exausta pela corrida inesperada. Eu já estava na garagem, em um tempo imprecionante até mesmo para um maratonista.
“Corra, Holly.” Era como se eu pudesse ler pensamentos: uma voz imponente dava ordens para mim. Talvez isso de ler mentes parecesse meio invertido. “É a sua chance de se salvar.” Olhei para trás para ver quem dissera aquilo, mas pensei segundos depois, que todos estavam carbonizados lá em cima. Será que era meu pai? Eu não acharia isso estranho já que ele se ocupava disso: do fim da vida das pessoas.Choquei meu corpo contra a porta vermelha uma única vez,percebndo que esta abrira com facilidade ao meu contato e vi a paisagem fora do fogaréu onde estava.
O céu estava cheio de estrelas lá fora, sendo quase alcançados pelas árvores se você as visse de cima. As luzes das casas da vizinhança estavam todas acessas e várias pessoas se encontravam na rua, a uma distância segura do prédio em chamas. Já a salvo, caí nos braços de alguém que já esperava pela minha queda. Os gritos das pessoas e a confusão causada pelo prédio em chamas foram ficando abafados assim que meus olhos se fecharam para o subconsciente, dando lugar a sonhos e pesadelos.

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Bem, faz algum tempo que deixei essa fic parada por motivos pessoais. Porém, percebi que seria melhor terminá-la para acabar com o suspense rss. Lembro-me que quando a postei em um outro fórum,as pessoas gostavam bastante,o que me surpreendeu porque sinceramente não levo muita fé no que escrevo.

Enfim,você aí que estiver lendo,comente e deixe uma escritora feliz -QQ
No mais,Enjoy It.
Demetria Royce
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